Gerenciamento de risco de processo

Em novembro de 2024 a EPSC publicou um folheto sobre gerenciamento de risco de processo. Foram apresentados dois modelos: a) a roda de gerenciamento de risco de processo, com 14 elementos, que é um programa particular de uma empresa; b) gerenciamento baseado no risco sugerido pelo CCPS, que contempla 20 elementos. Vejam algumas particularidades: A roda de gerenciamento de risco é muito parecido com o programa da Occupational Safety and Health Standards (1910.119) – Process safety management of highly hazardous chemicals. A principal diferença está no elemento de gerenciamento de mudança que é divido em três: 1) gerenciamento de mudança de tecnologia; 2) gerenciamento para as mudanças sutis, que são aquelas alterações que podem passar despercebidas, mas carregam um alto risco. Exemplo, mudar o fornecedor de um selo de uma bomba de alta vazão que opera com produto perigoso; 3) mudança de pessoas para evitar a perda do conhecimento tecnológico. Diferença entre segurança de processo e ocupacional. Observe que o gráfico mostra que, embora os incidentes envolvendo segurança ocupacional sejam mais frequentes, as consequências são mais brandas. Contudo, deve-se ter em mente que as duas seguranças são fundamentais para o equilíbrio organizacional (pessoas, ambiente e propriedade). Os incidentes de segurança de processo continuam que tendência de queda, o que é importante, mostrando que os programas são eficazes. As principais causas para os incidentes de processo são de operação, integridade mecânica e projeto. Sugere uma matriz de risco e mostra o triângulo invertido onde se destacam as regiões intolerável do risco, tolerável (ALARP) e totalmente aceita, onde é possível gerenciar o risco. A região do ALARP, pode-se também conviver com o risco se o custo para a redução for desproporcional ao ganho que será obtido, assim como, avaliar a eficácia das medidas para a redução do risco. Ao adicionar barreira, o risco será reduzido pela menor possibilidade da ocorrência do evento acidental. Não se deve esquecer que a severidade não será reduzida, porque se houver conjuminância de falhas das barreiras (representação do queijo suíço do saudoso Reason) o incidente ocorrerá. Para verificar a fortaleza das barreiras, é recomendado fazer LOPA, onde também pode ser definido o SIL de um SIS, caso seja necessário, que deverá ser implementado conforme IEC 61511. Como uma causa importante de incidentes de segurança de processo está relacionado com integridade mecânica, é importante instalar os ativos críticos conforme foram projetados e mantê-los adequadamente por todo o ciclo de vida. Exemplos são: sistemas instrumentados de segurança, válvulas de alívio, disco de ruptura, válvulas de retenção, etc. No item 15.3 a EPSC descreve 18 situações práticas onde incidentes ocorrem regularmente. Vale a pena ler o folheto por completo, porque existem outras informações valiosas. Clique aqui

Detalhes são importantes para a segurança!

Na atividade industrial é preciso que qualquer ação a ser tomada seja avaliada detalhadamente para mitigar bem os riscos existentes ou evitar adicionar outros, por exemplo: 1) Manuseio de produtos químicos – ao misturar produtos químicos, até mesmo resíduos, é fundamental efetuar previamente uma matriz de reatividade química dos produtos. Dessa forma evita surpresas, tal como a possibilidade de reação exotérmica num recipiente fechado que poderá causar uma explosão. 2) Procedimentos operacionais – ao elaborar procedimentos operacionais ter o máximo de cautela e verificar o passo a passo detalhadamente. Um bom método é elaborar o Hazop ou What if do procedimento, levando em consideração os fatores humanos e condições de trabalho (ambiente e equipamentos) em cada passo do procedimento. 3) Comissionamento de unidade após manutenção – deverá ser feito por meio de uma auditoria de segurança de pré-partida para garantir que os sistemas e equipamentos foram instalados e testados de acordo com as melhores práticas mundialmente aceitas. 4) Análise de risco – é a forma mais adequada para identificar os potenciais riscos na unidade operacional e determinar as camadas de proteção para reduzi-los para uma condição aceita. Continue lendo.

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