Fatalidade causada por vazamento cloreto de hidrogênio

O CSB publicou um vídeo simulando a sequência de fatos que levaram a um grande vazamento de cloreto de hidrogênio durante trabalhos de manutenção numa parada da planta.  Este evento custou a vida de um trabalhador contratado e mais dois ficaram seriamente feridos. O vazamento ocorreu em função de aperto de parafuso com flanges de grafite sem o controle adequado do torque. Além disso, o trabalho estava sendo realizado sem a devida garantia de energia zero no sistema. O CSB encontrou quatro fatores contribuintes para o acidente: Falta de procedimento escrito e treinamento para garantia de torque adequado de parafusos; Procedimento e treinamento de controle de energias perigosas; Procedimento de operações simultâneas (SIMOPS); Garantia de saídas de emergência em locais onde possuam equipamento em plataformas elevadas. A investigação completa está  neste link. Veja abaixo o vídeo da simulação disponível no Youtube e também na página do CSB    

Qual metodologia deve ser usada?

Existem várias técnicas disponíveis para executar a análise de risco de processo; no entanto, pode ser difícil determinar qual metodologia usar para um processo específico. Dessa forma, esta publicação propõe um método para tomar uma decisão, conforme mostrado nos fluxogramas no final desta publicação. Análise de risco é uma ferramenta útil para encontrar perigos e avaliar riscos. Esses perigos ocorrem em atividades industriais, como fabricação e manutenção. Após uma análise de risco qualitativa, as empresas melhorarão seu sistema de gerenciamento de segurança de processo se antecipando aos perigos e aplicando técnicas de mitigação. Existem vários métodos para fazer análises de risco qualitativa como o HAZOP, What if, Análise Preliminar de Risco, Check list, Análise de Modos e Efeitos de Falha (FMEA), Análise de Árvore de Falhas, Análise de Árvore de Eventos e assim por diante. Cenários de alto risco devem ser analisados por LOPA para avaliar a robustez das camadas independentes de proteção (IPL). Se necessário, a análise de risco qualitativa deve ser complementada com uma avaliação quantitativa de risco (AQR). Todos os modos operacionais devem ser analisados, tais como partida, parada, manutenção, mudança de campanha, etc. Também é vital identificar perigos em tarefas críticas. Após concluir o estudo, a empresa deve implementar as ações para redução de risco a fim de reduzir a possibilidade de acidentes. Os perigos restantes devem ser abordados por um robusto Sistema de Gestão de Segurança de Processo com o suporte de toda a empresa. ECS Consultorias

Static electricity

Occasionally, we are surprised by a fire or explosion in industries that handle flammable materials. We know that the typical fire triangle consists of fuel, oxygen, and ignition. In industrial facilities, ignition can occur from a variety of sources, such as thermal, electrical, mechanical, and chemical. Electrical ignition sources include equipment that uses AC or DC current, static electricity creation, and atmospheric discharges. Some fire and explosion events have already happened, and the sources of ignition have been unclear. These accidents have caused numerous losses, including human casualties and property damage. Static electricity buildup, which is silent and difficult to detect, may have created these issues. We know that static electricity accumulation can be interpreted as generation less dissipation. Based on this premise, below are several ways to prevent accumulation: Avoid using nonconductive materials in equipment. Use metal, conductive plastic, or rubber. Make process flow streams more conductive, use antistatic additives or humidification. Ground and bond all conductive objects. Use static eliminators to ionize the air surrounding charged objects, providing a dissipation path. Humidify the workplace since a moisture layer on the surface of equipment promotes conductivity, even for non-conductive objects.

BLEVE numa carreta de GLP

A EPSC publicou neste mês de julho um BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapor cloud Explosion) que ocorreu numa instalação industrial durante o descarregamento de uma carreta de GLP. Houve vazamento do produto que pegou fogo e aqueceu a carreta, levando a sua ruptura devido a fragilização do metal e aumento de pressão interna da carreta. Esse fenômeno leva a formação de uma grande bola de fogo com intensa radiação térmica, que pode atingir pessoas a vários metros de distância. Veja algumas precauções que pode ser tomadas, sugeridas pela EPSC.

Vídeo da simulação de vazamento de ácido acético

O CSB publicou este mês um vídeo simulando o acidente ocorrido em 2021 onde três trabalhadores perderam a vida e 29 deles tiveram que ser atendido nas instalações médicas da unidade em função do vazamento de cerca de 74 toneladas de ácido acético. As perdas financeiras foram mais de 40 milhões de dólares. Uma das causas principais foi a falta de procedimento específico para tarefas críticas e treinamento neste procedimento. Além disso, o projeto da válvula não era favorável à prevenção de erro humano. Veja o vídeo abaixo. Veja a investigação completa realizada pelo CSB.

Acidente devido a perda de contenção de nafta

O  Chemical Safety and Hazard Investigation Board (CSB) publicou o relatório final de um incidente ocorrido numa refinaria devido a perda de contenção de cerca de 10 toneladas de nafta, que causou a morte de duas pessoas (dois irmãos) e um perda de propriedade estimada de 597 milhões de dólares. Existia uma coluna de absorção e “stripagem” que estava operando no modo com apenas vapor de produto. Contudo, devido a uma falha humana, foi aberta uma válvula que alimentou líquido para a coluna. Em função disso houve transbordo para o vaso de knock out, que deveria ter apenas gás para alimentar caldeira e fornalha. A ação imediata do operador foi drenar a nafta para o chão a fim de evitar alto nível no vaso. O material extremamente inflamável, e com alta pressão de vapor, formou uma nuvem inflamável e, ao encontrar uma fonte de ignição, formou um flash-fire. Algumas causas e fatores contribuintes: Cenário crítico confiando apenas em ação humana como camada independente de proteção (IPL) – Sabe-se  que a falha humana é mais provável de ocorrer, por isso é preciso adicionar salvaguarda adicional eficaz para aumentar a robustez da prevenção. Lopa é uma excelente análise para verificar se o cenário possui IPL suficiente para reduzir a possibilidade de um incidente. Ao definir o ser humano como IPL (por exemplo, alarme e ação humana) é necessário elaborar procedimento completo das operações garantindo que ele está apropriado para a tarefa; veja este artigo que discute sobre gestão de tarefas. Construir troubleshoot de todas as condições anormais que possam levar a uma perda de contenção séria. Adicionalmente, empreender treinamento e simulações periódicas dos cenários acidentais críticos,, assim como, verificação do ciclo do trabalho. Identificado que as salvaguardas existentes não preveniam o cenário de transbordamento da coluna – A empresa identificou sistema instrumentado de segurança dos queimadores e válvula de alívio de pressão como salvaguarda de transbordo da coluna, o que não era eficaz para esse cenário. Importante que no time de análise de risco contemple pessoas experientes em processos industriais e na metodologia da análise para garantir uma boa qualidade no trabalho e, principalmente, definir ações de qualidade para redução do risco. Precedente ao incidente, houve excesso de alarmes em função de anormalidades que estava ocorrendo, o que pode ter contribuído na deficiência na identificação e tomada de ação correta para mitigar o problema. Importante ter um programa de gestão de alarmes para evitar sobrecarregar os(as) operadores(as). Utilizar as lições aprendidas como forma de melhoria na segurança de processo. O incidente aqui relatado é muito semelhante na mesma empresa há alguns anos, que também foi o transbordamento de uma coluna, que levou à perda de contenção de material inflamável. Este artigo discute algumas formas de perda de conhecimento tecnológico as quais podem levar a um grande incidente, onde inclui a falta de internalização de lições aprendidas.  Leia o relatório completo do CSB.  

O perigo de explosão em poeira combustível

Poeiras combustíveis têm um grande potencial de risco de causar uma explosão. Basta ter poeira suficiente para atingir a Concentração Explosiva Mínima (MEC). As condições de explosividade de uma poeira combustível pode variar numa mesma instalação conforme as condições operacionais. Deve-se ficar atento às misturas híbridas (poeira e vapores inflamáveis), porque o MEC ficará bem abaixo dos limites da poeira pura. Acidentes devido a explosão com poeira combustível, a depender do grau de confinamento, pode causar severos danos a pessoas à propriedade. Para evitar esses infortúnios, vale a pena fazer uma avaliação das instalações, podendo iniciar de uma forma semelhante ao diagrama mostrado abaixo. A sigla PSM que aparece na figura representa o Process Safety Management (Gerenciamento de Risco de Processo) o qual agrega um valor incomensurável às empresas que lidam com poeiras combustíveis. Clic na imagem para ter uma visão melhor do diagrama. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Vazamento de cloro devido a falha no levantamento de carga

Levantamento de carga é uma tarefa perigosa, que se não feito com critério, pode ter um alto risco de queda da carga e ser um evento iniciador de um acidente de grande proporções. Principalmente, se a carga contiver produto perigoso ou ser elevada sobre equipamentos ou linhas que contenha esse tipo de substância. A EPSC do mês de junho menciona a queda de um container dentro de um navio que estava a se movimentar por meio de um guindaste. O cabo se rompeu, o container caiu e vazou cerca de 20 toneladas de cloro, um produto altamente tóxico, matando 13 pessoas e ferindo 250 em função da exposição aos gases. O alerta da EPSC destaca algumas medidas importantes e disponibiliza um link da International Association of Oil & Gas Producers (IOGP) que detalha medidas para levantamento de carga de forma segura. Leia mais… Precisando de ajuda na área de gerenciamento de risco, entre em contato com a ECS Consultorias.

Poeiras combustíveis

Poeiras combustíveis têm causado vários acidentes no mundo, daí a importância de identificar adequadamente esses tipos de perigos e tomar ação para reduzir o risco de fogo ou explosão. O primeiro passo, é identificar se o seu produto pode gerar poeira combustível. A OSHA fez uma lista extensa produtos que geram poeira combustível a fim de nos ajudar na identificação correta. A partir daí, fazer as avaliações para reduzir ou controlar os riscos de ocorrer fogo ou explosão na sua instalação, e dessa forma, proteger as pessoas, propriedade e meio ambiente. A mesma OSHA prover um pequeno guia para combate a incêndio e algumas precauções adicionais. A NFPA disponibiliza diversas normas relacionadas com perigos de poeiras, assim como, normas para garantir proteção e assim reduzir a possibilidade de acidente. Veja abaixo: NFPA 61, Standard for the Prevention of Fires and Dust Explosions in Agricultural and Food Processing Facilities, 2017 edition. NFPA 68, Standard on Explosion Protection by Deflagration Venting, 2018 edition. NFPA 69, Standard on Explosion Prevention Systems, 2019 edition. NFPA 91, Standard for Exhaust Systems for Air Conveying of Vapors, Gases, Mists, and Particulate Solids, 2015 edition. NFPA 484, Standard for Combustible Metals, 2019 edition. NFPA 652, Standard on the Fundamentals of Combustible Dust, 2019 edition. NFPA 654, Standard for the Prevention of Fire and Dust Explosions from the Manufacturing, Processing, and Handling of Combustible Particulate Solids NFPA 655, Standard for Prevention of Sulfur Fires and Explosions, 2017 edition. NFPA 664, Standard for the Prevention of Fires and Explosions in Wood Processing and Woodworking Facilities, 2017 edition. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Explosão de gás iso-buteno

O EPSC divulgou um alerta de segurança de processo sobre um acidente ocorrido no ano de 2019, que causou uma morte e 28 feridos, além de grandes perdas das instalações. A perda de contenção ocorreu devido a fratura frágil por sobrecarga do filtro em Y, de ferro fundido, em função de aumento de pressão por expansão térmica do líquido. A explosão aconteceu por causa de uma fonte de ignição, possivelmente localizada numa sala onde havia vários equipamentos elétricos os quais não tinham a classificação elétrica de acordo com NFPA 70, no Brasil o padrão é ABNT-NBR-IEC 60079-10-1. Sistemas que possuem a possibilidade de ocorrer expansão térmica, precisam ser protegidos, em caso de bloqueio, por uma válvula de alívio térmico. Essas necessidades são normalmente identificadas em análise de risco. Continue lendo…. A investigação completa deste incidente pode ser encontrada aqui no CSB.

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