Abertura de linha no local errado (Work at Wrong Location)

Uma das causas potenciais de um grande acidente é abertura de linha ou equipamento errada. O que significa? Preparar (drenar, purgar, limpar) uma determina linha, ou equipamento, que continha produto perigoso e ao liberar para o mecânico, ou caldeireiro, abrir o equipamento que está em operação, pressurizado e com inventário de produto tóxico ou inflamável. A European Process Safety Centre (EPSC) publica um alerta no mês de abril chamando atenção para este risco em potencial. Relata um fato ocorrido que certamente causou sérios problemas para as pessoas, meio ambiente e para as instalações. O que fazer para evitar esse tipo de acidente? Ter procedimentos robustos para garantir que o sistema estará limpo, isento de produto, com energias bloqueadas e que será liberado para a manutenção de forma correta, com nenhuma dúvida onde será realizado o trabalho. Normalmente esses procedimentos são considerados críticos: abertura de linha e equipamentos, bloqueio e sinalização de fontes de energia, análise de segurança para o trabalho, permissão de trabalho seguro; Garantir a dupla checagem independente para a liberação do trabalho (operação e manutenção) que geralmente está incluída nesses procedimentos. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Décimo quinto ano do acidente na refinaria da cidade do Texas

O CSB publicou hoje um vídeo lembrando o acidente da BP que ocorreu em 2005 na cidade do Texas, completando hoje 15 anos, onde perderam a vida 15 pessoas e 180 ficaram feridas com lesões diversas. Embora seja um acidente bastante comentado, vale a pena relembrá-lo. Normalmente para ocorrer um grande acidente como esse são necessárias múltiplas falhas das camadas de proteção, tais como: procedimento crítico de partida de planta;  sistema básico de controle de processo e sistema instrumentado de segurança;  análise de risco qualitativa e análise de vulnerabilidade;  controle de fontes de ignição que inclui também a classificação elétrica da área. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias. Veja o vídeo abaixo.  

Trincas devido a fadiga por flutuação térmica

Em análise de risco sempre damos atenção a perda de contenção em função de ruptura de linhas ou acessórios. De fato, isso é possível ocorrer por várias causas: choque de veículos, falha no plano de manutenção, se linha enterrada em função de escavação, fissuras em decorrência de fadiga do metal, entre outros. A EPSC dste mês de março enfatiza uma ruptura de um trecho de tubulação devido a flutuações constantes de temperatura. Um T onde se misturava produto com temperatura de -15 C numa entrada e na outra um fluído com 155 C. Após seis semanas de operação, a tubulação rompeu totalmente devido à formação de tensões térmicas cíclicas, ocasionadas por esse encontro de temperaturas extremamente diferentes. Como o produto era inflamável, teve como consequência explosão. Por isso,  engenheiros de processo e o time de análise de risco devem ficar atentos quando houver mistura de fluídos com temperaturas diferentes. Continue lendo…. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Lições aprendidas

O vídeo abaixo, do Chemical Safety Board (CSB), mostra um acidente que possui dois pontos relevantes como lições aprendidas. Felizmente não houve feridos, apenas atendimento médico. O primeiro se refere a falta de uma salvaguarda eficaz para prevenir (salvaguarda preventiva) fluxo reverso que poderia causar um sério acidente. Neste caso, mistura de ar com hidrocarboneto operando acima da temperatura de autoignição; ao se misturar poderia ocorrer uma explosão e exatamente isso que ocorreu. A explosão causou um furo no tanque de asfalto com cerca de 8000 m3. O asfalto pegou fogo, e tinha potencial de danificar completamente as instalações, porque se espalhou por uma grande área. O segundo ponto relevante foi a atuação da brigada de resposta a emergência, uma barreira mitigadora, que conseguiu reduzir a severidade do acidente, graças a competência elevada dos envolvidos. Lições aprendidas: 1) Análises de risco devem identificar os cenários perigosos, analisá-los e prover recomendações para redução do risco. Posteriormente, pode ser feita uma análise das salvaguardas por meio de Lopa para garantir que estão adequadas para reduzir o nível de risco conforme a legislação em vigor ou normas subscritas pela empresa, desde quando sejam iguais ou superiores às leis vigentes. 2) Os cenários mais críticos devem compor o plano de resposta a emergência para que os brigadistas estejam treinados, por intermédio de simulados, para mitigar eficazmente o incidente. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias. Veja o vídeo abaixo do Chemical Safety Board (CSB) tão bem elaborado que parece real.  

Uma pequena palavra com muito Poder – PERGUNTE!!

O CCPS faz um alerta neste mês que parece ser simples, mas não é: tomar decisões sem ter o conhecimento completo. Ser pró-ativo é muito importante para que as demandas sejam resolvidas, no entanto, é preciso garantir que as decisões sejam seguras, principalmente num ambiente que estão presentes produtos perigosos. É fundamental fazer as coisas de forma correta, com conhecimento e seguindo os procedimentos. Isso é chamado de disciplina operacional. Tendo dúvidas, pare e pense; persistindo a dúvida pergunte, solicite um grupo multidisciplinar para fazer uma análise de risco do serviço a ser executado. O CCPS menciona o acidente ocorrido em 2016 onde o CSB mostra, num filme de oito minutos, como a pró-atividade, sem o devido conhecimento, de um operador causou um grande acidente. O operador removeu o suporte do atuador de uma válvula para abri-la com um grifo, contudo os parafusos do atuador também prendiam os flanges da junta de vedação da válvula. Caso não consiga ver o vídeo no link do pdf, veja abaixo. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Para equipes de resposta a emergência – Boil Over

A EPSC publicou neste mês de janeiro um alerta sobre Boil Over. É um fenômeno que se não muito bem administrado pode causar múltiplas fatalidades. O Boil Over ocorre principalmente em tanques de estocagem de produto que possuem água misturada e, que devido a sua maior densidade, permanece no fundo do tanque. Exemplos são tanques de armazenagem de óleo cru. Por isso, é fundamental criar salvaguardas para evitar que a água se acumule no fundo dos tanques. Quando o líquido inflamável, ou combustível, pega fogo e consegue aquecer a água no fundo do tanque, a água superaquecida pode vaporizar repentinamente e expulsar o líquido em chamas, podendo formar uma grande bola de fogo e, ao mesmo tempo, criar uma enorme poça de líquido em chamas que pode atingir várias pessoas nas imediações. Todo cuidado é pouco em incêndio desse tipo: se estiver fazendo um combate com água e houver vaporização da água no fundo do tanque que estiver escorrendo no costado, é o momento das pessoas de afastarem imediatamente porque está prestes a ocorrer o Boil Over. Continue lendo… Veja também um vídeo sobre o Boil Over  

Housekeeping é mais do que “estar bonito” – é sobre segurança

Housekeeping (limpeza e arrumação) de uma área pode evitar acidentes. O alerta do CCPS de janeiro deste ano foca no acidente ocorrido em Port Wentworth, Georgia, (veja o relatório completo deste acidente no CSB) onde 14 trabalhadores perderam a vida. A explosão ocorreu devido ao acúmulo de pó de açúcar no piso e partes elevadas. Explosões devido a poeira é um acidente com grande potencial de risco, quer seja poeira orgânica ou metálica, porque tem o potencial de causar várias fatalidades. Além do cuidado de manter a área limpa, esses locais devem possuir classificação elétrica em função da possibilidade de liberação da poeira (zona 20, 21 e 22 – NBR  60079-10-2). Contudo, não se pode desprezar que a falta de arrumação no local de trabalho também pode levar a acidentes pessoais devido a queda, ou seja, arrumação e limpeza não tem o objetivo apenas de manter o local bonito. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Perigo versus Risco

O vídeo abaixo faz uma explanação clara sobre o que risco e perigo. Nos dois exemplos mostrados é fácil entender como fazer a classificação do risco em função da frequência (likelihood) e severidade (consequence). Vale a pena dar um conferida. ECS Consultorias.        

Chernobyl

O alerta do EPSC, do mês de dezembro, relembra o acidente de Chernobyl que aconteceu em 26 de abril de 1986. Durante um teste de capacidade quando as hastes de grafite foram levantadas para recuperar a atividade durante uma parada (para ler o relatório completo desse acidente acesse esse link). O reator nuclear modelo RBMK (reaktor bolshoy moshchnosty kanalny) já não era muito seguro e, para completar, alguns interlocks de segurança foram desativados para permitir o teste. O resultado foi um superaquecimento do reator, levando a uma explosão devido a formação de hidrogênio, e imediatamente liberação de uma alta carga de radioatividade que se espalhou por uma área bastante ampla. Esse foi o pior desastre nuclear já ocorrido. A causa principal desse acidente foi fazer um teste sem a devida avaliação dos riscos o que hoje podemos associar à falta de um robusto gerenciamento de risco com o foco em gerenciamento de mudança. Continue lendo.. ECS Consultorias

Para Que Serve Este Botão?

O alerta de segurança do CCPS do mês de novembro chama a atenção sobre a importância das paradas de emergência, principalmente pelo botão de parada de emergência (ESD – emergency shutdown). As paradas de emergência são normalmente realizadas por sistemas instrumentados de segurança (SIS), que são sistemas de parada automática da planta quando uma variável atinge um valor que é considerado perigoso para o processo, pessoas, meio ambiente e propriedade. Esses sistemas são controlados fora do sistema básico de controle de processo (DCS, por exemplo), o que significa ter um controle de segurança exclusivo (PLC de segurança) com acesso restrito a poucas pessoas e têm a IEC-61511 como padrão para projeto, instalação e manutenção. A parada de emergência por botão (ESD) é implantada quando a análise de risco detecta situações particulares, tais como: Acesso rápido do operador para prevenir um específico cenário de perigo; Acesso rápido do operador para prevenir um cenário de perigo não previsto; Um intertravamento de backup em caso de falha do SIS. Adicionalmente, deve-se ficar atento para máquinas e equipamentos que precisam parar rapidamente para prevenir ou mitigar um perigo para as pessoas. Nesse caso, o sistema de parada de emergência deve ficar de acordo com a NR-12 item 12.6. Além de ser um importante sistema de segurança, atenderá à legislação brasileira. Para mais informações, acesse o alerta de segurança do CCPS. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

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