Ruptura de corta-chamas em linha

A EPSC publicou neste mês de maio um incidente, onde um corta-chamas de tubulação para flare rompeu devido a alta pressão, tendo como consequência vazamento de gás natural. A alta pressão ocorreu em função de alta vazão do gás para o flare. Importante identificar em análise de risco condições críticas a fim de adicionar salvaguardas para prevenir um incidente; neste caso um alarme de alta pressão já ajudaria a identificar que havia algo errado, tal como,  alta vazão de gás natural, ou semiobstrução do corta-chamas. Um outro ponto importante é priorizar uso de corta-chamas hidráulico para flare. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Acidente devido a mistura de produtos incompatíveis

O CSB publicou um vídeo o qual mostra a cadeia de eventos que culminou com uma explosão que ceifou a vida de quatro trabalhadores e a completa destruição das instalações. No processo de preparação de uma batelada, foram misturados produtos incompatíveis (hidróxido de potássio misturado a composto contendo hidreto de silício – SiH) que formou grande quantidade de hidrogênio o qual foi liberado pelo vent do tanque juntamente  com a espuma formada em função da reação. Quando o hidrogênio encontrou uma fonte de ignição, houve uma forte explosão que teve como maior consequência quatro fatalidades. O que contribuiu para este trágico incidente: Produtos incompatíveis armazenados em tambores semelhantes e com falha de identificação; Falha de ventilação no prédio da produção para reduzir a quantidade de inflamáveis no ambiente, podendo reduzir a consequência da explosão ou evitando que atingisse o limite inferior de inflamabilidade (para o hidrogênio é abaixo de 4% em volume); Falha na identificação de risco por meio de análise de risco e consequentemente falta de salvaguarda adequada que, além da ventilação, faltou detectores de inflamáveis para alarmar localmente e na sala de controle. Falha de procedimento de resposta a emergência e treinamento dos operadores. Por isso, é importante que seja construída matriz de reatividade química com todas as substâncias da unidade. Aqueles produtos incompatíveis devem ser armazenados em locais separados, ter identificação adequada, garantir treinamento para que todos conheçam os riscos e prover salvaguardas suficientes para evitar a mistura desses produtos. O relatório completo deste acidente pode ser encontrado diretamente na página do CSB. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias. Veja abaixo o vídeo produzido pelo CSB.

Acidente causado por atividade em espaço confinado

O CSB publicou publicou no dia 6/04/2022 um vídeo de um acidente que ocorreu durante dois trabalhos simultâneos em espaço confinado. Dois trabalhadores perderam a vida.. Fica evidenciado a falta de treinamento para os trabalhadores no conhecimento da pistola de aquecimento e do perigo do material (resina tipo derakane) com relação a inflamabilidade, assim como falta/deficiência da análise de risco das tarefas a fim de garantir o padrão de segurança nesse tipo de trabalho crítico. Durante a análise de risco da tarefa, o facilitador, juntamente com a equipe da análise, devem ficar atentos aos riscos dos produtos envolvidos no trabalho, tais como,  inflamamilidade,e toxicdade, fontes de ignição, facilidade de rotas de fugas, etc. Outro ponto importante é a elaboração de procedimento especifico para trabalhos simultâneos denominado de SIMOPS (Simultaneous Operations), o qual é aplicado quando em análise de risco detecta-se que um trabalho interfere no outro e que pode causar acidente; nesse caso, deve-se utilizar esse procedimento como uma salvaguarda administrativa para prevenção de acidente. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias  Veja abaixo o vídeo que simula em detalhes o acidente. Para ver o relatório completo do acidente diretamente na página do CSB clique aqui.  

Explosão em um tanque

A EPSC publicou um alerta de segurança no mês de abril sobre a formação de hidrogênio originário da reação de ácido com o ferro, na maioria das vezes o aço carbono é o material de fabricação desses tanques. O ácido sulfúrico acima de 98% pode ser armazenado em tanques de aço carbono, no entanto, ao cair a concentração, causa corrosão com liberação de hidrogênio o qual é bastante inflamável e tem uma grande faixa de inflamabilidade (4 a 75%). Ácido clorídrico aquoso, por exemplo, pode ser armazenado em tanques de aço carbono com revestimento adequado. Porém se o revestimento falhar, haverá a corrosão e também a formação de hidrogênio. Me lembro quando trabalhei com tanque semelhante que tínhamos o cuidado ao fazer manutenção no costado do tanque. Fazíamos a medição minuciosa de explosividade utilizando explosímetro calibrado para hidrogênio. Veja mais informações….. Precisando de ajuda sobre segurança de processo, entre em contato com a ECS Consultorias.

Rompimento de Flexível

Processos perigosos que operam com flexíveis, também conhecido como mangotes, possuem um ponto mais frágil que as tubulações de aço carbono, por exemplo. Em função disso, é fundamental ter uma inspeção e testes diferenciados para esses acessórios (o mesmo deve ser aplicado para as juntas de expansão), incluindo o aumento da frequência das inspeções e testes para garantir que os mangotes serão retirados de operação antes de falhar. Veja a seguir um incidente ocorrido com um mangote para uso com fosgênio (fosgênio é um produto altamente tóxico que com uma exposição de cerca de 5 ppm pode causar morte), relatado pela EPSC. Continue lendo… Daí a necessidade de um bom programa de gerenciamento de risco no qual o elemento de integridade mecânica é primordial para evitar incidentes como este. ECS Consultorias

Falha de válvula de retenção

Este acidente foi investigado pelo Chemical Safety Board (CSB). Houve uma explosão nos tanques decantadores de produção de acetileno devido a fluxo reverso deste gás, que era produzido pela reação de carbeto de cálcio e água. O acetileno entrou em contato com uma fonte de ignição, possivelmente uma superfície quente. A explosão causou três fatalidades e uma grande perda de propriedade. A entrada de água do gerador de acetileno era protegida por uma válvula de retenção para evitar fluxo reverso para os tanques decantadores. Como controle da operação, existiam práticas operacionais para manter sempre o fluxo de água para o gerador de acetileno com água dos decantadores ou por fornecimento externo.  O evento iniciador foi baixa pressão de água, em função de uma falha humana, e a válvula de retenção falhou quando ela foi demandada. Acredita-se também que houve contribuição de vazamento de propano do sistema de aquecimento para prevenir congelamento, porém a maior contribuição foi o acetileno por ser um material altamente reativo e necessitar de baixa energia de ignição (0,017 mJ numa mistura estequiométrica com ar de 8,5% em volume). Lição aprendida deste acidente: ao identificar um cenário de risco alto numa análise de risco e que tenha válvula de retenção como salvaguarda, é preciso garantir que ela esteja adequada para o processo (quanto à corrosão e processo limpo). Dá atenção quanto à classe de vedação em função do fluxo mínimo, quando fechada, versus o risco do processo.  Além disso, é fundamental que ela esteja incluída no plano de integridade mecânica (um elemento importante do gerenciamento de risco de processo) para reduzir a possibilidade de falha quando demandada. Adicionalmente, procedimentos operacionais e treinamento devem ser adotados para reduzir a possibilidade de erro humano. Em LOPA, deve-se ficar atento para definir válvula de retenção como IPL ou evento iniciador, a diferença será se ela opera em modo de demanda ou alta demanda. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias. Leia aqui o relatório do CSB, assim como assista o vídeo disponível.

Ruptura catastrófica de um trocador de calor

Este acidente foi investigado pelo Chemical Safety Board (CSB). Um trocador de calor rompeu catastróficamente devido a um aumento de pressão durante o processo de limpeza da linha de amônia com vapor. Esse acidente causou a morte de um trabalhor. No dia anterior ao acidente, um operador bloqueou a válvula a montante da válvula de alívio (PSV) para permitir trocar o disco de ruptura que protegia a PSV. Quando o trabalho foi concluído, a válvula de bloqueio não foi aberta. No dia seguinte, um outro operador precisou passar vapor para limpar a linha de amônia que vai para o trocador de calor. Nessa operação, ele bloqueou a válvula de alívio de pressão (PV). Como resultado, a PSV e a PV ficaram bloqueadas; importante salientar que PSV é a última linha de defesa contra pressurização excessiva. O vapor ao atingir a amônia líquida no trocador de calor fez com que pressão subisse em função da vaporização da amônia, causando a sua ruptura e culminou com uma fatalidade e algumas outras pessoas tiveram atendimento médico por causa da exposição à amônia. Uma válvula de alívio é uma camada independente de proteção importante para proteger contra aumento de pressão num equipamento. Por isso, em LOPA considera-se a probabilidade de falha em demanda (PFD) como 0,01, desde que opere em processo sem possibilidade de obstrução. Porém, ao adicionar uma válvula de bloqueio a PFD aumenta para 0,1, a não ser que tenha uma boa gestão para manter esta válvula sempre aberta quando o equipamento estiver em operação. Lição importante que se tira deste acidente: evitar colocar válvula de bloqueio a montante ou a jusante de PSV. Caso seja extremamente necessário, é preciso colocar um dispositivo contra bloqueio inadvertido e adotar o devido controle administrativo. Veja o relatório completo do accidente. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Integridade mecânica

Grandes acidentes ocorrem, principalmente, devido a perda de contenção primária de produtos tóxicos ou inflamáveis. Por isso, a gestão da integridade de mecânica de tubulações/acessórios e vasos é primordial para reduzir a possibilidade de falhas catastróficas. Dois grandes acidentes investigados pelo CSB ratificam a importância de uma boa gestão da integridade mecânica: Durante o processo de troca de um aquecedor de calor houve a ruptura em função de fissuras causadas por exposição do aço carbono a hidrogênio a alta temperatura e pressão, ocorrendo ignição imediata e a fatalidade de sete pessoas; Perda de espessura de tubulação de 0,719 polegadas para 0,039 polegadas que levou a ruptura, liberando para a atmosfera cerca de 440.000 galões de nafta e teve como consequência fogo em flash, após cerca de 0,66 segundo do vazamento, vitimando quatro pessoas por queimaduras graves. Quais as lições que podemos tirar destes dois acidentes? Para o caso do ataque do aço carbono pelo hidrogênio, é preciso garantir o processo inerentemente mais seguros para suportar às adversidades dos parâmetros operacionais; Para o segundo acidente, importante ter os planos de manutenção preventiva para trocar trechos de tubulações/acessórios antes de atingir a espessura mínima para as condições de pressão e temperatura. Adicionalmente, pode-se concluir que um bom conhecimento da tecnologia do processo, juntamente com análise de risco, ajudarão na prevenção destes tipos de acidentes. Recomendo a leitura dos pontos principais pontos dos seguintes relatórios: Tesoro Refinery Fatal Explosion and Fire Silver Eagle Refinery Flash Fire and Explosion and Catastrophic Pipe Explosion Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Explosão em tanque contendo basicamente água

O alerta de segurança do CCPS deste mês chama atenção de uma situação que às vezes não é muito bem observada: tanque que contém, por exemplo, água de lavagem de processo ou águas residuais contendo baixo percentual de material inflamável. No acidente mencionado no alerta do CCPS, um tanque contendo água suja explodiu e matou três pessoas, ferindo mais sete, durante um trabalho a quente. O relatório do Chemical Safety Board mostra as causas do acidente e que pode ser acessado aqui neste link. Para quem lida com processos que possuem produtos inflamáveis, vale a pena ler o relatório. Normalmente tanques de estocagem são aqueles de baixa pressão (2,5 psig) e seguem a norma API 650 que recomenda teto frágil ou utilização de válvula de emergência para evitar que num evento desse, apenas a parte superior seja afetada e não as suas laterais, o que reduz bastante os efeitos de uma explosão interna. Trabalho a quente também é uma tarefa que precisa de muitos cuidados, principalmente em áreas que contém material inflamável em menos de 11 metros do local da fonte de ignição. Continue lendo.. ECS Consultorias

Os perigos do ácido sulfídrico (interessante para pessoas que trabalham em exploração de petróleo)

O Chemical Safety and Hazard Investigation Board (CSB) publicou esta semana um vídeo que detalha o acidente onde um trabalhador e sua esposa (que não trabalhava na empresa) morreram devido à exposição a ácido sulfídrico (H2S) que é um gás altamente perigoso devido a sua alta toxicidade (IDLH=100 ppm)  e inflamabilidade. Foram identificados alguns fatores relevantes que culminaram com o acidente, tais como: Falta de um programa de gerenciamento de segurança de processo para eliminar várias deficiências encontradas nos seguintes assuntos: procedimentos escritos, treinamentos, programa de integridade mecânica, ventilação mecânica/natural de área, controle de acesso de pessoas à área operacional, etc.; Não utilização de detector pessoal de H2S; Falta de manutenção adequada do detector de H2S; Falta de procedimento de energia zero (trancar, etiquetar e verificar). Veja o vídeo abaixo do CSB.  

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