Explosão num reator de batelada

No mês de fevereiro o EPSC menciona um acidente que ocorreu num reator em batelada. A batelada era composta de peróxido de hidrogênio e solvente inflamável. Durante a primeira reação da batelada houve uma explosão devido a produção de oxigênio, em função da decomposição do peróxido na temperatura de cerca de 30 C. O oxigênio deslocou o nitrogênio que mantinha o ambiente do reator inerte e, com isso, formou a mistura explosiva, representado pelo triângulo da figura abaixo: A análise de risco pode ajudar se o grupo levantar a questão sobre reação descontrolada. Caso o responsável pelo processo não saiba a resposta, é preciso manter este item em aberto para empreender novas pesquisas quanto à termodinâmica da reação. Uma das formas de efetuar essa pesquisa é por meio do DSC (differential scanning calorimeter -calorímetro de varredura diferencial), tal como menciona o EPSC. Dessa forma será possível verificar como as propriedades físicas se alteram juntamente com a temperatura ao longo do tempo. Continue lendo…

Explosão proveniente de vazamento de gás

Quando um sistema de alta pressão está interconectado a um sistema de baixa pressão, há um grande risco de ocorrer um acidente maior se as salvaguardas não forem suficientemente robustas. Neste incidente relatado pela EPSC, o nível do vaso funciona como selo para evitar a passagem do gás com alta pressão para o sistema de baixa pressão. Neste caso, é fundamental ter um sistema de interlock com alta integridade, por exemplo SIL 2, para evitar ruptura do sistema de baixa pressão, caso haja uma falha no controle de nível. O sistema de interlock deve ser independente do sistema básico de controle de processo, conforme a IEC 61511. Rupturas de vaso com produto inflamável normalmente causam ignição imediata devido a produção de faísca no momento do rompimento do metal. O resultado é uma bola de fogo que pode causar sérios danos em pessoas, propriedade e meio ambiente. O grupo de análise de risco deve ficar atento para identificar cenários de alto potencial de risco como este e o HAZOP é a metodologia mais apropriada. Sistemas típicos como este também são vasos separadores de óleo e gás na indústria petrolífera. Continue lendo…

O perigo do polímero no formato de pipoca

Este acidente ocorreu em novembro de 2019 e investigado em detalhes pelo U.S. Chemical Safety and Hazard Investigation Board (CSB). Butadieno é largamente utilizado na indústria química e petroquímica. Um dos seus principais usos é na fabricação de borracha sintética. É bastante reativo e na presença de oxigênio ele se auto polimeriza, formando um polímero conhecido como pipoca (popcorn) que se expande e, estando numa tubulação, pode aumentar a pressão e causar a sua ruptura. Neste acidente havia polímero em um ponto morto na tubulação, que na presença de oxigênio formou o polímero popcorn, causando a sua ruptura. Como consequência, formou-se uma grande nuvem de inflamável e subsequente ignição.  Houve uma forte explosão em função do confinamento de parte da nuvem numa área congestionada por tubulações e equipamentos. Pessoas ficaram feridas tanto dentro da empresa como extramuro, assim como resultou em danos severos na propriedade. Para conhecer mais sobre os perigos do butadieno, leia o manual produzido pela American Chemistry Council O relatório completo deste acidente pode ser encontrado aqui neste link do CSB Veja o vídeo abaixo que simula o evento, produzido pelo CSB. Para identificar esses tipos de perigos, é muito importante ter pessoas no grupo de análise de risco que detenha o conhecimento tecnológico do processo com butadieno.

Blowout durante o processo de workover num poço de petróleo

O CSB publicou este relatório de um incidente proveniente de um blowout durante uma intervenção no poço para trocar um tubo que estava furado. Esta operação é comumente chamada de workover. Em decorrência do blowout, vazou gás e óleo que resultou num incêndio em nuvem ao encontrar um fonte de ignição. Um trabalhador faleceu no local do acidente e outros três ficaram gravemente feridos, sendo que dois deles não resistiram aos severos danos em função das queimaduras sofridas. Uma das causas do incidente foi a deficiência no controle do poço para a sua abertura, onde a barreira hidrostática estava deficiente o que não permitiu anular a pressão do reservatório (matar o poço). Uma segunda causa foi a falta de gestão das fontes de ignição na área de trabalho. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias    

Fogo numa tubulação de aço carbono com cloro

O EPSC publicou no mês de dezembro/2023 um alerta de segurança de processo o qual chama atenção o perigo de fogo em tubulação de aço carbono com cloro. Tubulações de aço carbono são bastante utilizadas para transporte de cloro, contudo, deve-se ter o cuidado para manter a temperatura bem abaixo de 150C. Além disso, presença de ferrugem pode causar aceleração da oxidação numa temperatura de 100C. Daí a necessidade da discussão desse perigo em análises de risco, a fim de verificar se as salvaguardas de monitoramento (indicação, controle e intertravamento) estão adequadas. No caso deste incidente, existia um aquecimento por meio de um traçado elétrico que teve um curto circuito e gerou um ponto quente. Ao utilizar esse tipo de aquecimento deve-se ter um sistema para detectar a falha e desligar o traçado elétrico. Importante que o grupo de análise de risco fique atento quanto a esses detalhes, por isso, é fundamental que no time tenha uma pessoa com vasta experiência em processos industriais. A melhor forma de controle da temperatura seria com água quente a fim de limitar a temperatura num nível mais seguro. Esse seria um processo inerentemente mais seguro. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Vazamento de hexano (Hexane Leak)

O alerta de segurança do EPSC do mês de outubro é sobre o risco de misturar materiais com composições diferentes numa mesma tubulação, pois podem formar pilha galvânica e acelerar consideravelmente o processo de corrosão. Neste evento, houve a substituição de aço carbono por aço inox, porém faltou uma válvula de aço inox e, por isso, foi instalada de volta a antiga válvula de aço carbono. Por causa disso, formou-se uma pilha galvânica o que acelerou a corrosão do flange de aço carbono. O resultado foi um grande vazamento de hexano, formando uma grande nuvem de material inflamável dentro do prédio que foi detectado e venteado antes de ocorrer ignição. Leia mais… _________________________________________________________________________________________________________________ The EPSC safety warning for October alerts on the risks of mixing materials with different compositions in the same pipe, which can form a galvanic cell and significantly accelerate the corrosion process. In this case, carbon steel was replaced with stainless steel, but a stainless steel valve was missing, so the old carbon steel valve was put back in. As a result, a galvanic cell formed, accelerating the corrosion of the carbon steel flange. As a result of the immense hexane leak, a large cloud of flammable substance formed inside the building, which was noticed and ventilated before ignition occurred. Continue reading…

Fogo devido a vazamento de óleo quente (Hot Oil Release and Fire)

A EPSC do mês de setembro alerta sobre o risco de tomada de amostra, se ela não for bem projetada e instalada. Por ter dificuldade no acesso à tomada de amostra, houve a abertura descontrolada da válvula de amostragem e vazou repentinamente óleo quente a 250C e a 10 bar de pressão. A temperatura estava acima do flash point e devido a eletricidade estática proveniente de um operador que tentou interromper o vazamento, houve ignição após 13 minutos. O operador estava sem bota e roupa antiestática. Importante salientar que um pessoa pode carregar eletricidade estática suficiente para provocar uma faísca com energia de ignição capaz de iniciar um fogo de alguns produtos inflamáveis, principalmente se houver umidade relativa do ar abaixo de 40%. Continue lendo… This month, EPSC warns about the hazards of collecting samples if they are not properly designed and installed. Due to difficulties accessing the sample outlet, the sampling valve uncontrollably opened, allowing hot oil at 250°C and 10 bar pressure to spill. The temperature was over the flash threshold, and after 13 minutes, ignition occurred owing to static electricity from an operator attempting to stop the leak. The operator lacked antistatic apparatus and footwear. It is crucial to note that a person can carry enough static charge to generate a spark with enough ignition energy to start a fire in some combustible products, particularly if the relative humidity is less than 40%. Keep reading…

CCPS Process Safety Professional Certification (CCPSC)

A ECS Consultorias possui um suporte técnico de um profissional Engenheiro Químico e Engenheiro de Segurança com certificação em segurança de processo (PSM), fornecido pelo CCPS, e com mais de trinta anos de experiência em empresas de vários segmentos (química, petroquímica, mineração, óleo e gás). ECS Consultorias has technical support from a Chemical Engineer and Safety Engineer professional with process safety (PSM) certification from the CCPS and over thirty years of experience in companies of diverse segments (chemical, petrochemical, mining, oil, and gas).

Explosão devido a poeira de asfalto (Asphalt dust explosion)

O alerta de segurança do EPSC do mês de junho chama atenção sobre os perigos de explosão devido a poeiras. Neste caso foi poeira de asfalto, tendo como um dos fatores contribuintes a falha na equipotencialização do aterramento. A equipotencialização significa garantir que o potencial elétrico entre estruturas sejam igualados ou equivalentes. No acidente mencionado, a poeira estava presente, por isso as salvaguardas mais importantes seriam o aterramento e as ligações entre as estruturas para garantir diferencial de potencial mínimo entre as estruturas, fazendo com que seja direcionada qualquer corrente de fuga para a terra. Possivelmente a energia estática ignitou a poeira e levou ao acidente. Continue lendo…. ____________________________________________________________________________________________________________ The June EPSC safety learning sheet emphasizes the hazards of dust explosion. In this case, it was asphalt dust, with one of the contributing causes being a failure in grounding equipotentialization. Equipotentialization is the process of ensuring that the electrical potentials of two structures are equal or identical. Because dust was involved in the accident, the most significant protection would be grounding and bonding between structures to ensure minimal potential difference between them, directing any leakage current to the ground. The static energy may have ignited the dust, causing the accident. Keep reading….

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