E se o seu processo atuar de forma diferente?

Com o aumento da tecnologia, os processos passam, cada vez mais, a ser automatizados e possuir um nível elevado de redundância que contribui para eles se tornarem mais seguros. Contudo, esses sistemas se tornam mais complexos e ficam mais sujeitos a falhas sistemáticas que são aqueles em que o ser humano tem uma maior participação. As falhas sistemáticas podem desabilitar sistema de proteção redundante e, também nesse caso,  o operador(a), mais do que nunca, é uma peça importante para bloquear a cadeia do evento acidental. Embora sejam mais seguros, sistemas altamente automatizados aumentam a dependência do operador(a). Isso leva a um novo tipo de erro, que é a confusão dos modos de falha do sistema automatizado o que aumenta os erros de omissão e execução. À proporção que os sistemas se automatizam, a atividade de controle do operador(a) se reduz, em contrapartida cresce a de monitoramento. Essa mudança reduz a intervenção humana com o sistema e ao longo do tempo o ser humano reduz a sua capacidade de resposta. Muitos defendem que é possível que a habilidade do operador(a) será deteriorada com o crescimento da automação. A causa disso é porque o operador(a) deixa de praticar e, assim, perde a experiência previamente obtida. Leia mais sobre o assunto. Para minimizar esses efeitos, é fundamental prover treinamento mais robusto para os operadores(as) para capacitá-los(as) a identificar sinais de problemas a fim de fazer intervenções seguras para bloquear eventos iniciadores de acidentes. Os treinamentos devem ser seguidos por simulados para aqueles cenários de alta consequência identificados em análise de risco. O alerta do CCPS deste mês menciona sobre a atenção que o operador(a) deve dar quando observar desvios não usuais. Continue lendo…

Para quem trabalha com perfuração de poços de óleo e gás

O  Chemical Safety and Hazard Investigation Board (CSB) publicou no dia 16/08 uma atualização dos fatos encontrados no curso da investigação de um blowout de um poço de óleo e gás ocorrido em 22 de janeiro de 2018, onde cinco trabalhadores perderam a vida. Veja aqui a relação dos fatos. Tudo começou no processo de troca da broca de perfuração, quando o gás entrou abruptamente no poço e removeu a lama que ajudava a manter o poço livre de hidrocarbonetos devido a sua alta densidade. No momento que os operadores da torre de perfuração perceberam o blowout, acionaram o blowout preventer (sistema de prevenção de explosão do poço), que é a última barreira de prevenção do blowout, e tudo indica que não conseguiu fechar totalmente. Ocorreu a saída repentina, e com alta pressão, de gás que causou uma explosão seguida de incêndio a qual levou, infelizmente, à morte de cinco trabalhadores. Posteriormente, conseguiram fechar, de forma manual, totalmente o blowout preventer. A investigação continua em curso. Vejam a animação abaixo. ECS Consultorias  

E se o seu agitador falhar?

O alerta do CCPS do mês de agosto aborda um tema bastante importante com relação aos risco de processos. Para ocorrer reação de forma eficaz é preciso haver uma boa mistura entre os reagentes quer seja por misturadores estáticos ou dinâmicos (agitadores). No caso específico de reatores em bateladas, comumente se utiliza de agitadores para manter constantemente os reagentes em contato. Caso se inicie uma batelada com o agitador parado e adicionar reagentes, e só após partir o agitador, há um grande potencial de perda de controle da reação e o resultado pode ser trágico. Por isso, é muito importante se conhecer bem a cinética das reações e fazer uma análise de risco robusta a fim de determinar as salvaguardas para minimizar os riscos de um descontrole da reação. Normalmente as salvaguardas são: Operação do agitador ser permissivo para adicionar matéria prima; Durante a operação, parada do agitador deve interromper as matérias primas. O mais seguro é que o interlock esteja relacionado com baixa amperagem do agitador e não com o status de operação, porque se o acoplamento do motor e agitador quebrar o status permanecerá como operando e o processo estará em perigo; Alívio de pressão com capacidade para liberar os gases gerados de uma reação descontrolada, e por último; Um sistema killer para interromper a reação que será acionado se nenhuma das salvaguardas anteriores não funcionar. Para aumentar a disponibilidade das salvaguardas é preciso mantê-las de forma adequada por meio de: Manutenção preditiva, preventiva e corretiva; Fazer os testes de operacionabilidade no tempo correto. No caso de sistemas instrumentados de segurança no tempo de teste utilizado para o cálculo do SIL. Para as outras salvaguardas conforme orientação do fabricante ou de acordo com histórico da planta (proven in use). Fazer auditorias das salvaguardas numa frequência pré-determinada para garantir que elas estão sendo gerenciadas conforme boas práticas. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Fogo em tanques de estocagem

Tanques que armazenam produto químico inflamável deve-se ter cuidados especiais para evitar um incêndio. O principal cuidado é evitar fontes de ignição no seu interior e nas imediações. Garantir controle de energia estática e prevenção na dissipação de cargas por aterramento e equipotencializações. Ficar atento a fluídos com baixa condutividade porque não dissiparão a energia estática rapidamente. Além disso, no caso tanques atmosféricos, mesmo os de tetos flutuantes internos, devem possuir a classificação elétrica adequada conforme normas vigentes e atualizadas e sistemas de proteção contra fogo robustos com o propósito de mitigar eficazmente um acidente e, assim, reduzir a severidade. A EPSC enfatiza no seu folheto de aprendizado sobre esse assunto. Continue lendo…. ECS Consultorias  

Um sub-resfriamento de um reator pode causar uma reação descontrolada?

O alerta de segurança do CCPS deste mês de julho chama a atenção sobre os perigos de sub-resfriamento de reações  químicas. Muitas delas são exotérmicas, ou seja, liberam calor quando ocorrem as reações entres as diversas matérias primas. Porém, para ter início à reação é preciso uma energia de ativação que pode ser por meio do incremento de temperatura. Alguns perigos estão presentes em reações quer sejam em reatores contínuos ou por bateladas. Por iniciar uma reação com temperatura muito baixa, duas situações podem ocorrer: Acumular reagentes e ao atingir a temperatura ideal para ocorrer a reação, a temperatura aumentar abruptamente em decorrência de uma reação descontrolada e ocorrer uma sobrepressão o que pode levar à ruptura do reator com efeitos críticos às pessoas, propriedades e meio ambiente; Ocorrer reações secundárias indevidas as quais podem formar subprodutos altamente instáveis que se decomporão com aumento de temperatura, causando os mesmos efeitos do item anterior. O gerenciamento de risco de processo prover suporte para manter esses perigos sob controle, tais como: Informações de segurança de processo – as informações da segurança de processo garantirão que as pessoas que lidam com o processo entendam e identifiquem esses perigos por meio de informações  dos produtos químicos envolvidos na reação, da tecnologia do processo e dos equipamentos utilizados no processo. Análise de risco – com as informações obtidas, conforme mencionado acima, a empresa terá a capacidade para empreender uma análise de risco ampla e detalhada a fim de adotar medidas de redução de risco para manter a reação química em controle. Uma das medidas que pode ser proposta é adoção de sistemas instrumentados de segurança (SIS) para interromper tendências de descontroles de reação por intermédio da interrupção dos reagentes ou por sistemas “killers” (adiciona produtos nos reatores para interrupção imediata da reação adversa). Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias – Uma Empresa de Engenharia de Segurança e Gerenciamento de Risco.

Qual a severidade do seu cenário?

Na elaboração de uma análise de risco, quer seja de processo, serviços ou de máquina, deve-se ter muita atenção na classificação do risco. Por exemplo, num Hazop, o grupo de análise define o desvio a ser analisado e o efeito definirá a magnitude do cenário. Se houver a possibilidade de explosão em nuvem em decorrência de uma perda de contenção de um produto inflamável e volátil, dificilmente as pessoas dentro do raio da explosão escaparão ilesas. É seguro afirmar numa análise qualitativa que haverá fatalidades, portanto o efeito máximo deverá considerar essa possibilidade. Sabe-se que o risco é função da frequência e da severidade do cenário analisado. Por outro lado, a severidade está relacionada com a efeito máximo do cenário determinado na análise qualitativa sem considerar as salvaguardas existentes ou previstas no projeto, a não ser que sejam adotadas salvaguardas com a filosofia dos processos inerentemente mais seguros, por exemplo, ao reduzir o inventário de um material perigoso o efeito também será reduzido (veja mais sobre processos inerentemente mais seguros). Às vezes, o grupo de análise é tentado a minimizar a severidade devido a adoção de salvaguardas. Um exemplo clássico é: desvio – mais pressão num vaso; o efeito – abertura da válvula de alívio. Dessa forma a análise está errada, porque o efeito máximo será a ruptura do vaso caso a pressão atinja a MAWP do equipamento. Com a válvula de alívio a severidade não irá reduzir e sim a frequência do evento em função da probabilidade de falha em demanda (PFD) da válvula de alívio.  Ao reduzir a frequência, o risco de ocorrer a ruptura do vaso também será reduzido. Portanto, na maioria das vezes as salvaguardas não reduzem a severidade de um determinado cenário, e sim a frequência de ocorrência. Por analogia, podemos dizer que viagem por meio de avião é muito seguro devido a baixa frequência de acidente e não por causa da baixa severidade de um acidente aéreo. Caso precise de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

A importância da permissão de trabalho seguro

O alerta de segurança do CCPS do mês junho enfatiza a importância da permissão de trabalho seguro (PTS). Uma PTS é um documento que atesta  as condições seguras na entrega para o executante de uma determinada tarefa. Por isso, a PTS deve ser preenchida por pessoa experiente, no local do trabalho e com um representante da execução da atividade de risco. Da mesma forma, o executante a recebe cuidadosamente para entender todos os riscos assinalados no documento e discute com sua equipe de trabalho todos os riscos envolvidos na tarefa. Não sendo assim, o documento não ajudará na segurança das pessoas, propriedade e meio ambiente. Muitos acidentes já ocorreram devido a falhas na liberação de trabalhos perigosos, tais como: trabalho a quente, entrada em espaço confinado, trabalho com eletricidade, abertura de linhas e equipamentos, etc. Sendo o mais emblemático o acidente que aconteceu na plataforma Pipe Alpha (vale a pena relembrar), em 1988, onde 167 pessoas perderam a vida e teve como como uma das principais causas a falha na permissão de trabalho na abertura de uma bomba e retirada da válvula de alívio. Continue lendo… ECS Consultorias

Do you handle combustible dust?

Sometimes we are concerned with flammable liquids and gases. But, eventually, we forget another category of dangerous products that is combustible dust. Explosions due to combustible dust have already caused several major accidents and have taken many lives and several loss of properties. In some activities, such as food processing,  waste treatment, pulp and paper and sugar manufacturing exist some sources of combustible dust. So, it is very important to enhance the awareness on this hazard in order to avoid major accidents like one that happened in 2008 (Imperial Sugar) where fourteen people lost their lives due to explosion in sugar dust. Keep reading… ECS Consultorias

Envelhecimento de equipamentos, instalações e estruturas

O alerta de segurança do CCPS para o mês de maio é sobre a falha no gerenciamento dos ativos em processos industriais, mesmo aqueles que não lidam com produtos perigosos: um exemplo são silos de armazenagem que vez ou outra desabam por falha de manutenções apropriadas. Quando se lida com produto perigoso, a atenção para manter as instalações em bom estado ainda deve ser maior, porque uma falha num equipamento pode levar à perda de contenção do material perigoso e os efeitos podem ser catastróficos. A manutenção da integridade  dos ativos críticos para o processo é um elemento importante do gerenciamento de risco para empresas que lidam com processos perigosos. Daí a necessidade de identificar os equipamentos/sistemas/instrumentos/instalações críticas para o processo e adotar algumas ações para todo o ciclo de vida da planta industrial, por exemplo: -Garantia de qualidade – equipamentos/sistemas/instrumentos/instalações projetados, construídos, transportados, instalados e mantidos de forma apropriada para não falhar em operação; -Engenharia de confiabilidade – identificar a vida útil dos equipamentos/sistemas/instrumentos/instalações e adotar manutenções/inspeções sensitivas, preditivas e preventivas/corretivas; -Inspeções e testes  – para identificar potenciais falhas nos equipamentos/sistemas/instrumentos/instalações críticos; -Treinamento para as atividades de confiabilidade. Não se pode esquecer que um bom programa de desvios/quase perda também pode ser um dos pontos chaves para o sucesso. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Fatal explosion due to hot work activities

The Chemical Safety Board (CSB) released an animation regarding fatal accident occurred at February 8, 2017, where three peoples were killed due to an explosion caused by hot work activities. Hot work has been the cause of several serious accidents in the industrial environment. Usually, these accidents occur due to failure to follow the hot work best practices and standards, such as: NFPA 51B, 29 CFR 1910.147 (lockout, tagout), 29 CFR 1910.252, etc. See below the animation provided by CSB, to better understand the accident. ECS Consultorias.  

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