Explosão em fornalha

O alerta de segurança da EPSC do mês de novembro é sobre explosão por falha dos queimadores de caldeira, forno e fornalha. Normalmente, explosões ocorrem na partida desses equipamentos, muito em decorrência de purga inadequada para remover qualquer tipo de mistura explosiva (GLP, gás natural ou até mesmo excesso de monóxido de carbono). A NFPA  (NFPA-85/86/87) fornece normas que regulamentam a operação dos queimadores  (Burner Management Systems – BMS), que desde o ano de 2015 remetem ao cumprimento da IEC-61511 ou ANSI/ISA S84.00.01 para que os queimadores se tornem mais seguro. Portanto, passa ser uma boa prática que os sistemas de segurança dos queimadores sejam sistema instrumentados de segurança. Para saber realmente se o seu sistema é seguro é preciso fazer uma análise de risco seguida de análise semiquantitativa LOPA para entender se as camadas de proteção existentes reduzem o risco para um nível tolerável. O acidente relatado pela EPSC ocorreu durante a partida do forno. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Atualização dos fatos de um acidente com fogo e explosão

O CSB divulgou hoje a atualização do fatos com o acidente de fogo e explosão numa refinaria da Philadelphia, ocorrido em 21 de junho de 2019. Importante a leitura deste pequeno relatório porque mostra a relevância das inspeções (com medição de espessura) das tubulações e vasos que trabalham com produto perigoso para garantia da integridade mecânica. Uma curva de uma tubulação com fluído com uma composição de 94,7% de propano rompeu devido a sua baixa espessura, a qual não havia sido detectada. Felizmente ninguém ficou severamente ferido e não houve nenhuma morte. Pelos procedimentos da refinaria, a troca da tubulação e acessórios deveria ser feita quando a espessura atingisse 0,180″, no entanto a curva estava com uma espessura de  0,012″ (espessura menor que um cartão de crédito, como cita uma nota do relatório). Continue lendo… Veja a animação do acidente abaixo.

Vazamento de petróleo cru pelo dreno de uma tubulação

Numa análise de risco é fundamental considerar vazamento de produto perigoso tendo como evento iniciador  válvula dreno. O vazamento pode ocorrer por uma falha na válvula ou esquecer ela aberta. É fundamental que os drenos de sistemas que contenham produtos perigosos estejam com caps, flanges ou plugs. A EPSC do mês de outubro chama atenção sobre um evento onde ocorreu vazamento de petróleo cru, felizmente não houve ignição e nem contaminação ambiental porque ficou contido no dique de contenção. Vale ressaltar que a área era classificada eletricamente. Normalmente esses tipos de eventos ocorrem logo após uma manutenção, visto que é necessário abrir drenos para limpar as tubulações e, assim, entregar para o pessoal de manutenção o sistema limpo e despressurizado. É uma boa prática antes de retornar a operação fazer uma verificação em todo sistema e, adicionalmente, empreender teste de pressão para identificar qualquer tipo de vazamento. Para incrementar ainda mais a segurança de processo, é recomendado que em grandes manutenções ou partidas de novos projetos seja adotada a revisão de segurança de pré-partida. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Sistemas de controle lentos – um sinal de aviso

O sistema básico de controle de processo é uma importante camada de proteção no processos industriais. Tem a função de continuamente monitorar e controlar o processo na operação de uma planta. Se o sistema básico de controle de processo falhar, será acionada a próxima camada de proteção que poderá ser uma função instrumentada de segurança ou dispositivos físicos como sistema de alívio. O alerta de segurança de processo do CCPS deste mês enfatiza que é um sinal de aviso quando os sistemas básico de controle apresentam atraso na resposta (offset). Isso pode ser um importante evento iniciador para desencadear uma cadeia de evento de acidente, caso não seja corrido a tempo. Possivelmente, o acidente não ocorrerá devido às outras camadas que atuarão para prevenir ou mitigar o acidente, no entanto há históricos de acidentes que ocorreram devido a falhas em controles de nível, pressão ou temperatura. Daí a importância de avaliar se as camadas de proteção estão adequadas para reduzir o risco para um nível tolerável de risco (legal ou subscrito pela empresa) caso haja uma falha no sistema básico de controle de processo. Veja as dicas do CCPS… ECS Consultorias.  

Reação descontrolada num tanque de armazenamento

Alguns produtos possuem facilidade em se polimerizar acima de uma determinada temperatura. O acidente relatado pela EPSC ocorreu num tanque de armazenamento de cloro acetaldeído. A polimerização iniciou-se numa tubulação e foi até o tanque. Em função da polimerização a temperatura e a pressão aumentaram por causa da liberação de ácido clorídrico, o que causou a ruptura do trecho da tubulação. Por sorte o tanque também não rompeu, uma vez que a válvula de alívio não tinha sido projetada para este cenário. Em análise de risco é muito importante ter informações das possíveis reações dos produtos sob as condições normais e anormais de operação a fim de entender os seus efeitos máximos. Num caso de aumento de pressão (é o que normalmente ocorre) devido a reação descontrolada, deve-se conhecer bem quais os sistemas instrumentados de segurança que podem interromper a reação descontrolada, ou mitigá-la, (talvez adicionar um killer, abrir uma válvula de emergência para um local seguro, fazer resfriamento, etc.) e por último entender se a válvula de alívio (PSV) foi projetada para o cenário identificado. Também é muito importante entender se a polimerização não é capaz de obstruir a PSV, porque dessa forma a última camada de proteção pode ficar inabilitada. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Ruptura de linhas e acessórios

O Chemical Safety Board (CSB) fez uma atualização dos fatos do acidente ocorrido em abril deste ano no qual houve uma fatalidade e queimaduras severas em mais dois trabalhadores. Pelo menos mais 30 trabalhadores também ficaram feridos. O acidente ocorreu após a conclusão da carga da batelada de isobutileno, um gás inflamável nas condições normais de pressão e temperatura. Houve uma ruptura no filtro em Y e vazou grande quantidade do produto. Mesmo com a adoção de medidas mitigadoras de resposta a emergência houve a explosão, culminado com o acidente fatal e danos severos em outras pessoas. O CSB continua a investigar o acidente e futuramente será entendido porque houve a ruptura do filtro em Y, o que certamente nos interessa para ajudar a prevenir eventos similares. Embora o plano de resposta a emergência seja essencial, este acidente reforça o porquê de não ser utilizado o plano de resposta a emergência como camada independente de proteção, uma vez que não é possível garantir a sua eficácia. A sua eficácia dependerá muito do quão rápido o acidente foi detectado e as ações para minimizar o impacto foram tomadas. Leia mais sobre camadas independentes de proteção. Continue lendo sobre a atualização do CSB sobre o acidente. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Para quem trabalha em laboratórios: Intoxicação com dióxido de carbono

A lição aprendida que a EPSC relata no mês de setembro é sobre asfixia com dióxido de carbono (CO2). Existia dióxido de carbono sólido (gelo seco) em um ambiente refrigerado dentro de um laboratório. Quando uma pessoa entrou, se sentiu mal devido ao excesso de CO2 no ambiente. Excesso de CO2 no ambiente reduz o percentual de oxigênio e pode causar danos pessoais, podendo levar até à morte caso uma pessoa fique inabilitada no ambiente por muito tempo. É comum ter em laboratórios gelo seco para resfriamento de amostra e esse risco pode não ser percebido. Aliado a isso, é importante salientar que ar condicionado tipo split não renova o ar do ambiente o que torna a possibilidade de ocorrência desse cenário ainda maior, já que em muitos ambientes usam esse tipo de aparelho. Continue lendo… Quem trabalha em laboratório deve ficar atento quanto a esse risco praticamente invisível! Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Linhas & equipamentos obstruídos – Mais do que um incômodo

O alerta de segurança do CCPS do mês de setembro é sobre linhas e equipamentos obstruídos. Em algumas situações ocorre a obstrução porque o produto possui um alto ponto de fusão, material sólido pode ser arrastado, produtos que polimerizam e que podem obstruir tanto o espaço que contém líquido como o espaço vapor. Alguns dispositivos de segurança podem ficar inoperantes em função das obstruções, tais como: Válvulas de alívio; Dreno que têm a função para verifica se a energia é zero; Transmissores de pressão, nível e fluxo. Em função das obstruções causadas, pode ocorrer a elevação excessiva de pressão de um vaso/equipamento, a válvula de alívio ficar desabilitada e ocorrer um rompimento do vaso/equipamento, tendo como consequência a liberação de produto perigoso com possibilidade de ocorrer sérios danos às pessoas, ao meio ambiente e à propriedade. O acidente relatado no alerta do CCPS causou a morte de três pessoas.  Foi aberta uma boca de visita com o equipamento pressurizado, porém as pessoas envolvidas não tinham conhecimento da pressurização visto que os drenos e o indicador de pressão estavam obstruídos. Para abertura de linhas e equipamentos com produtos perigos é preciso ter análise de risco detalhada do serviço e ter todas as possíveis fontes de energia bloqueadas e com verificação se a energia está realmente zero. Caso tenha dificuldade em saber se a energia ficou zero, é preciso encontrar alternativas seguras para liberação do trabalho. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Apreciação de risco de máquinas

Apreciação de risco de máquinas consiste em efetuar a análise e avaliar os riscos. Por outro lado, a análise de risco leva à identificação dos perigos e a estimativa de risco da máquina nas suas fases do ciclo de vida (operação normal, manutenção, ajustes, parada de emergência, etc.). A NBR ISO 12100 é a norma que orienta sobre a apreciação de risco enquanto que a ISO/TR 14121-2 é um guia perfeito para aplicação da NBR ISO 12100, principalmente na classificação do risco. A NR-12, que foi revisada e publicada pela portaria No 916 de 30 de julho de 2019, foca bastante na apreciação de risco para que as salvaguardas sejam implantadas de modo a reduzir os riscos encontrados durante a execução da apreciação de risco. Portanto, para estar em conformidade com a NR-12 é preciso fazer a apreciação do risco. Ao definir uma salvaguarda para uma máquina, pode ocorrer a necessidade de implantar sistemas de segurança que devem ser robustos o suficiente para reduzir os riscos. Quanto maior o risco, mais deve ser confiável o sistema de segurança que terá no mínimo a Categoria B e aumentar a robustez, se necessário, da Categoria 1 a 4 (NBR 14153). Importante salientar que as categorias citadas pela NBR 14153 se baseiam na EN 954-1 que foi sucedida pela EN/ISO 13849-1. Em outras opções para implementar os sistemas de segurança eletrônico e programável há de se falar em nível de integridade de segurança (SIL), que pode variar de SIL 1 A SIL 3 regida pela IEC-62061 (aplicada para máquinas), norma que foi originada da IEC 61508. Quanto maior o SIL, mais seguro é o sistema de proteção. Também pode ser utilizada a EN/ISO 13849-1 que ao invés de SIL esta norma se refere a PL – nível de performance (performance level – PL a, b, c, d, e). Os sistemas de segurança eletrônicos e programável em conformidade com a IEC-62061 ou EN/ISO 13849-1 são mais confiáveis porque as suas falhas são mais previsíveis em função das variáveis analisadas tais como: fração de falhas segura (SFF), razão de falhas (λ), tolerância de falha do hardware (HFT), causas comuns de falha (β) e cobertura de diagnóstico (DC). Para cenários que podem causar acidentes com alta severidade é importante buscar sistemas de segurança com mais alta fração de falha segura, maior tolerância de falha do hardware, menor razão de falha, maior cobertura de diagnóstico e uma menor possibilidade de causas comuns de falha porque resultarão em um maior SIL, portanto mais segura estará a máquina e menor será a possibilidade de ter um acidente sério. Esses sistemas de segurança sempre operam em modo contínuo, portanto o SIL é determinado pela probabilidade de falhas perigosas por hora (PFHd) e não por probabilidade de falha em demanda (PFD). Por exemplo, um sistema de segurança eletrônico programável SIL 1 terá seu PFH ≥10-6 a ˂10-5. Ter uma apreciação de risco completa de sua máquina e garantir que está em conformidade com a NR-12 proporciona uma excelente gestão de risco e leva a duas grandes vantagens: evita acidente com lesões incapacitantes ou até mesmo fatal e elimina a possibilidade de multas. Veja o pequeno filme logo abaixo. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Um simples vazamento num flange causou um grande incêndio.

Este é um evento publicado pela EPSC em 2017. Em uma refinaria de dessulfurização, houve um vazamento de hidrogênio quente e imediatamente pegou fogo, formando um jato de fogo. A chama atingiu diretamente o reator, e como fogo em hidrogênio é invisível durante o dia, possivelmente houve um longo período de exposição e fragilizou partes do reator que começou a vazar produto, entrando em chamas e, em consequência, se espalhou pela planta. O vazamento ocorreu num flange. A tensão em parafusos pode variar bastante quando o sistema opera em ciclos de temperatura, além disso, flanges são as partes mais frágeis de uma tubulação. Por isso, pensando num processo inerentemente mais seguro, é melhor reduzir a quantidade de flanges num determinado sistema, principalmente se lida com produto perigoso. Dessa forma, pode reduzir a possibilidade de vazamentos. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

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