Apreciação de risco de máquinas

Apreciação de risco de máquinas consiste em efetuar a análise e avaliar os riscos. Por outro lado, a análise de risco leva à identificação dos perigos e a estimativa de risco da máquina nas suas fases do ciclo de vida (operação normal, manutenção, ajustes, parada de emergência, etc.). A NBR ISO 12100 é a norma que orienta sobre a apreciação de risco enquanto que a ISO/TR 14121-2 é um guia perfeito para aplicação da NBR ISO 12100, principalmente na classificação do risco. A NR-12, que foi revisada e publicada pela portaria No 916 de 30 de julho de 2019, foca bastante na apreciação de risco para que as salvaguardas sejam implantadas de modo a reduzir os riscos encontrados durante a execução da apreciação de risco. Portanto, para estar em conformidade com a NR-12 é preciso fazer a apreciação do risco. Ao definir uma salvaguarda para uma máquina, pode ocorrer a necessidade de implantar sistemas de segurança que devem ser robustos o suficiente para reduzir os riscos. Quanto maior o risco, mais deve ser confiável o sistema de segurança que terá no mínimo a Categoria B e aumentar a robustez, se necessário, da Categoria 1 a 4 (NBR 14153). Importante salientar que as categorias citadas pela NBR 14153 se baseiam na EN 954-1 que foi sucedida pela EN/ISO 13849-1. Em outras opções para implementar os sistemas de segurança eletrônico e programável há de se falar em nível de integridade de segurança (SIL), que pode variar de SIL 1 A SIL 3 regida pela IEC-62061 (aplicada para máquinas), norma que foi originada da IEC 61508. Quanto maior o SIL, mais seguro é o sistema de proteção. Também pode ser utilizada a EN/ISO 13849-1 que ao invés de SIL esta norma se refere a PL – nível de performance (performance level – PL a, b, c, d, e). Os sistemas de segurança eletrônicos e programável em conformidade com a IEC-62061 ou EN/ISO 13849-1 são mais confiáveis porque as suas falhas são mais previsíveis em função das variáveis analisadas tais como: fração de falhas segura (SFF), razão de falhas (λ), tolerância de falha do hardware (HFT), causas comuns de falha (β) e cobertura de diagnóstico (DC). Para cenários que podem causar acidentes com alta severidade é importante buscar sistemas de segurança com mais alta fração de falha segura, maior tolerância de falha do hardware, menor razão de falha, maior cobertura de diagnóstico e uma menor possibilidade de causas comuns de falha porque resultarão em um maior SIL, portanto mais segura estará a máquina e menor será a possibilidade de ter um acidente sério. Esses sistemas de segurança sempre operam em modo contínuo, portanto o SIL é determinado pela probabilidade de falhas perigosas por hora (PFHd) e não por probabilidade de falha em demanda (PFD). Por exemplo, um sistema de segurança eletrônico programável SIL 1 terá seu PFH ≥10-6 a ˂10-5. Ter uma apreciação de risco completa de sua máquina e garantir que está em conformidade com a NR-12 proporciona uma excelente gestão de risco e leva a duas grandes vantagens: evita acidente com lesões incapacitantes ou até mesmo fatal e elimina a possibilidade de multas. Veja o pequeno filme logo abaixo. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.  

Um simples vazamento num flange causou um grande incêndio.

Este é um evento publicado pela EPSC em 2017. Em uma refinaria de dessulfurização, houve um vazamento de hidrogênio quente e imediatamente pegou fogo, formando um jato de fogo. A chama atingiu diretamente o reator, e como fogo em hidrogênio é invisível durante o dia, possivelmente houve um longo período de exposição e fragilizou partes do reator que começou a vazar produto, entrando em chamas e, em consequência, se espalhou pela planta. O vazamento ocorreu num flange. A tensão em parafusos pode variar bastante quando o sistema opera em ciclos de temperatura, além disso, flanges são as partes mais frágeis de uma tubulação. Por isso, pensando num processo inerentemente mais seguro, é melhor reduzir a quantidade de flanges num determinado sistema, principalmente se lida com produto perigoso. Dessa forma, pode reduzir a possibilidade de vazamentos. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

O perigo pode está ao seu lado: monóxido de carbono

  Monóxido de carbono é um gás altamente perigoso porque ele se associa à hemoglobina, formando a carboxihemoglobina (HbCO) e reduz a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue. Recentemente, muitos acidentes domésticos fatais foram noticiados, frutos da exposição a altas concentrações  de monóxido de carbono, o qual é resultado de uma queima incompleta de um hidrocarboneto (por exemplo: gás natural, GLP, gasolina, etc.). Pode ser originado de aquecedor de água, fogão, automóvel, etc. O grande problema é que ele mata silenciosamente porque não tem cheiro e não é possível detectar, sem auxílio de instrumentos apropriados, a sua presença no ar. Quando se sente um mal-estar é porque a pessoa já está praticamente desabilitada e dificilmente terá tempo para sair da zona de perigo. Veja o vídeo abaixo (em inglês e em espanhol), publicado pela OSHA, como dois trabalhadores perderam a vida devido à exposição ao monóxido de carbono. Por isso, é importante ficar atento no dia a dia para liberação de serviços que perecem ser de baixo risco de acidente.

Perigos escondidos!

O alerta de segurança do CCPS do mês de agosto menciona os perigos escondidos por falha em sinalizações. Um acidente pode ocorrer por não se saber o produto que está em um sistema quando em abertura de linhas ou equipamentos ou um simples manuseio de vasilhames. Isso pode ser caracterizado como perigo escondido/latente. O primeiro passo para deixar todos cientes imediatamente desses perigos é fazer a identificação correta das tubulações e vasos com cores que informem o produto na tubulação e o diagrama de Hommel nos vasos que vão informar rapidamente o perigo dos produtos por meio das numerações correspondentes ao grau de perigo. Normas devem utilizadas para esse fim, tais como: NBR-6493:2019, NBR-13193:2018 e NFPA-704:2017. Elaboração de procedimento crítico para abertura de linhas e equipamentos que contenham produtos perigosos e treinamento específico também podem ser utilizados para reduzir o risco de liberação de produtos perigosos. Nesse contexto devem estar incluídos, drenagem, limpeza e bloqueios de fonte de energia (LOTO). Continue lendo… Precisando de ajuda entre em contato com a ECS Consultorias.

Explosão com sulfeto de hidrogênio

A EPSC faz o alerta de segurança de processo deste sobre sobre os ricos de explosão com o sulfeto de hidrogênio. Além dele ser bastante tóxico, também é inflamável. Tem o intervalo de inflamabilidade entre 4.0% e 44% em volume, o que significa um largo espectro que permite a ocorrência de uma explosão quando misturado com ar. No acidente relatado, houve uma deficiência na retirada do H2S e por isso aumentou a sua concentração e, em função da temperatura elevada, o limite inferior de inflamabilidade reduziu para 3,3%. Aliado a tudo isso, por causa da vazão do enxofre fundido, houve acúmulo de energia estática e possivelmente o aterramento e equipotencialização não estavam adequados. O resultado foi o rompimento do teto do tanque devido a uma explosão interna. Observe que acidentes maiores são resultados de múltiplas causas, por isso a atenção em segurança de processo deve estar sempre ativada e ficar atento nos desvios ocorridos em relação ao processo a fim de ajudar na gestão do risco da unidade operacional. Continue lendo…. Precisando de ajuda entre em contato com a ECS Consultorias

Pequeno vazamento leva à falha catastrófica

Um pequeno vazamento pode levar à uma falha catastrófica. Este é o alerta de segurança do CCPS para o mês de julho. Às vezes, um pequeno vazamento é apenas um aviso de um dano maior numa tubulação em função da sua perda de espessura por erosão ou corrosão, principalmente se houver um isolamento térmico que pode esconder o estrago que poderia ser aparente. Processos que lidam com produtos perigosos (inflamáveis, tóxicos, reativos e explosivos) e vapor de alta pressão, deve-se ter um cuidado especial para fazer um reparo temporário com a planta em operação. É importante ter uma análise de risco para o serviço a fim de adotar salvaguardas necessárias para reduzir o risco para um nível tolerável. Caso não seja possível, deve-se interromper o processo, drenar e limpar o sistema para a correção apropriada. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Riscos social e individual (AQR)

A análise de risco será completa quando são calculados os riscos social e individual (AQR – análise quantitativa de risco) para ter a certeza que nas condições atuais o empreendimento é seguro para a comunidade ou para uma única pessoa. Quando se fala em comunidade está se falando do risco social, que é representado pela curva FN, e que tem no eixo do X a quantidade de fatalidade e no eixo do Y a frequência do evento que pode levar às fatalidades. Quanto menor a frequência do evento mais seguro é o empreendimento, o que significa que há camadas preventivas de proteção suficientes para que o perigo não seja liberado. Do mesmo modo pode-se dizer que quanto menor for a possibilidade de fatalidade, também mais seguro será o empreendimento; isso requer que menos produto perigoso seja liberado para o ambiente (ou menos energia) a fim de reduzir as consequências/efeitos do evento ou as quantidades e qualidade das camadas mitigadoras de proteção sejam suficientes para reduzir os efeitos. Abaixo está uma representação da curva FN. O risco individual está relacionado a possibilidade de morte de uma pessoa situada nas proximidades do empreendimento. Dessa forma, são traçados contornos de iso-riscos considerando que o indivíduo permanece exposto 24 horas por dia. Importante ressaltar que o risco social é mais importante que o risco individual uma vez que representa um acidente maior. Veja abaixo um exemplo dos contornos do iso-risco individual. Às vezes pode não precisar fazer a AQR porque os riscos foram avaliados baixos em função dos resultados das análises de risco qualitativa, vulnerabilidade e semiquatitativa. Contudo, o empreendimento deve estar em compliance com a norma de gerenciamento de risco do seu Estado. A ECS Consultorias possui recursos para calcular o risco social e individual (AQR) do seu empreendimento, caso seja necessário. Entre em contato.

Implosão de tanque de armazenamento

A EPSC do mês de junho destaca incidente relacionado a implosão de tanque de armazenamento de produto. É comum em indústria após lavagem de tanque, fazer steam out (passar vapor) para remover quantidades ínfimas de material residual e daí permitir fazer os trabalhos de manutenção de forma segura. A implosão do tanque ocorreu porque após o steam out, utilizou-se água fria para proporcionar o resfriamento rápido. Dessa forma os vapores se condensaram rapidamente e o sistema de vent (no caso para entrada de ar) não tinha sido calculado para esse cenário. O resultado foi o colapso total do tanque o que causou um sério prejuízo. Antes de qualquer mudança, quer seja nas instalações ou processo, é preciso seguir os passos do gerenciamento de mudança (que é um elemento do gerenciamento de risco), que certamente obrigará a fazer uma análise de risco a fim de identificar se será inserido algum perigo adicional ao processo e adotar salvaguardas para prevenir ou mitigar o risco caso apareça novo perigo. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Integridade mecânica

Adoção de um programa bem definido de integridade mecânica (um dos elementos do programa de gerenciamento de risco) para tubulações e vasos que trabalham com produtos perigosos é fundamental para manter esses sistemas em condições de operar com segurança por todo o seu ciclo de vida. Dessa forma, será possível se antecipar para fazer uma intervenção e prevenir uma falha catastrófica e causar um evento com severos danos às pessoas, meio ambiente e à propriedade. Abaixo estão alguns  pontos importantes de um programa de integridade mecânica: Procedimentos de manutenção; Capacitação e desempenho do pessoal de manutenção; Procedimentos de controle de qualidade; Testes e inspeções de equipamentos, incluindo manutenção preditiva e preventiva; Engenharia de confiabilidade. O alerta de segurança do CCPS deste mês chama atenção sobre corrosão sob isolamento, principalmente quando tubulações ou vasos trabalham com variações de temperatura. Por isso, é importante fazer inspeções regulares para verificar as condições dos sistemas e equipamentos e fazer as correções necessárias a fim de evitar um acidente trágico. Continue lendo…. Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

Vazamento por um sistema de flare

A EPSC do mês de maio relata um incidente devido a um vazamento de isopentano pela selagem dos vapores orgânico que são direcionados para o flare. Como o ponto de ebulição do isopentano é de 26 C, a uma temperatura abaixo desse valor ele se condensará e ficará na fase superior da água de selagem, indo direto para o sistema de drenagem das canaletas. Anteriormente tinha uma serpentina capaz de aquecer a água e evitar esse perigo, no entanto, foi removida sem se saber o motivo (falha no gerenciamento de mudança, um dos elementos do gerenciamento de risco). Na análise de risco da planta não foi identificada essa possibilidade de risco. O isopentano vazou como líquido, quando atingiu a canaleta vaporizou formando uma grande quantidade de vapores que suspenderam as tampas da canaleta. Felizmente não houve ignição. Continue lendo… Precisando de ajuda, entre em contato com a ECS Consultorias.

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