No dia 21 de outubro houve uma reunião pública do CSB para discutir a versão final do relatório de acidente do terminal de estocagem de combústivel da CARIBBEAN PETROLEUM CORPORATION (CAPECO). Recentemente o nosso site havia postado sobre esse acidente, contudo vale a pena retornar ao assunto porque na reunião foi aprovado o relatório final, assim como um vídeo com mais detalhes do acidente. No vídeo será possível perceber toda a construção da cadeia acidental e a força da explosão mostrada por uma câmara de vigilância.
Vazaram cerca de 750 metros cúbicos de gasolina, que saíram do dique de contenção e ao chegar no sistema de tratamento de efluente, encontrou uma fonte de ignição que contibuiu para forte explosão e consequente incêndio nos tanques. O custo do acidente está estimado até agora em 5 milhões de dólares; felizmente não houve nenhuma fatalidade.
Alguns pontos que contribuíram para o acidente:
Fatores humanos que induziram à falha humana:
- A medição de nível era indicada apenas no campo por um instrumento tipo boia. Esse tipo de instrumento é puramente mecânico e invariavelmente prende e indica um nível mais baixo que o real. O operador ler, por exemplo 50%, na verdade estará bem mais alto;
- A válvula do dique não tinha uma indicação adequada para mostrar se estava aberta ou fechada;
- Deficiência de ilumincação retardou a identificação da fonte do vazamento.
Falha na gestão de risco
- Não havia um alarme independente de alto nível;
- Não havia um sistema automático independente para interromper a alimentação do combústivel no tanque por alto nível – Sistema instrumentado de segurança.
O meio mais apropriado para identificar todas essas falhas é por intermédio de análise de risco, onde serão identificados e analisados os cenários mais críticos. A partir daí, o time de análise de risco deverá tomar ações para empreender a redução de risco de forma eficaz. Uma das metodologias bastante reconhecida mundialmente é LOPA, que permite identificar e/ou determinar as camadas independentes de proteção (barreiras) para prevenir ou mitigar o cenário acidental.
Ações como essas podem prevenir acidentes semelhantes que custam caro para as empresas ou que até mesmo podem interromper a vida de um colaborador.
Veja o link do relatório e o novo vídeo: