Os dispositivos de segurança não podem se transformar em dispositivo de controle, porque se ocorrer uma falha o acidente poderá ocorrer. Qualquer sistema de segurança na indústria química deve trabalhar em modo de demanda, o que significa que será atuado (ou utilizado, no caso de sistemas passivos) apenas se houver uma falha no sistema de controle. Exemplo é uma válvula de alívio de segurança (PSV), se ela abrir constantemente (modo contínuo – quando o dispositivo de segurança é acionado mais de uma vez por ano) e ocorrer uma falha perigosa, ou seja, não abrir plenamente quando a pressão aumentar, o equipamento o qual a PSV protege poderá se romper porque ela possivelmente será a última barreira para prevenir a perda de contenção. Dentre os dispositvos de segurança estão os sistemas instrumentados de segurança, válvula de alívio, disco de ruptura, dique de contenção, etc.
A API 754 (foto acima) considera que o acompanhamento do acionamento de sistemas de segurança é um importante índice pró-ativo de segurança de processo o qual é considerado como Tier 3. Essa é a última barreira que previne a ocorrência de uma perda de contenção primária.
Caso não saiba quais os dispositivos de segurança da sua planta industrial, faça uma análise de risco e depois adote a análise de camadas de proteção (LOPA). Todas as camadas identificadas em LOPA serão sistemas de segurança e deverão ser tratados como equipamentos/sistemas/dispositivos críticos para o seu processo industrial.
Para evitar que um dispositivo de segurança trabalhe em modo contínuo, é fundamental aprimorar o sistema básico de controle a fim de manter as variáveis nos limites operacionais desejáveis.