Geralmente, os grandes acidentes são originados de processos que manuseiam produtos perigosos. Para tornar esses processos de alta confiabilidade é preciso adotar práticas seguras já conhecidas ou novas práticas que já foram testadas e garantidas a eficácia em segurança. O primeiro passo é implantar um bom programa de gerenciamento de risco de processo. Outras pequenas ações também serão necessárias; a seguir serão enumeradas algumas dessas ações para reduzir a possibilidade de grandes acidentes que podem ocorrer até em empresas reconhecidas como de alta performance em segurança:
- Adotar o conceito de projetos inerentemente mais seguros:
- Garantir que as práticas de engenharia utilizadas no site industrial sejam reconhecidas e geralmente aceitas (RAGAGEPs – Recognized and Generally Accepted Good Engineering Practices);
- Numa análise de risco definir objetivamente como serão feitas as reduções de risco;
- Adotar a melhor prática para definir a eficácia da redução de risco que é por meio de LOPA (Layer of Protection Analysis);
- Uma vez definidas as Camadas Independentes de Proteção (IPLs), por meio de LOPA, classificá-las como sistemas críticos de segurança de processo e assim fazer a gestão para manter a integridade dos sistemas por todo o ciclo de vida. Se for sistema instrumentado de segurança (SIS), será preciso determinar o SIL para se obter a redução de risco requerida;
- Projetar e implantar as IPLs com as seguintes características:
- Independência – a performance não pode ser alterada por falhas de outras IPLs ou do evento iniciador num mesmo cenário;
- Funcionalidade – as camadas independentes de proteção devem ser capazes de prevenir as consequências do cenário avaliado;
- Integridade – está relacionada diretamente com a probabilidade de falha em demanda (PFD), que é o mesmo que a sua capacidade de redução de risco. Ou seja, as IPLs devem estar disponíveis quando necessárias, tal como projetadas;
- Confiabilidade – remete a performance das IPLs como projetadas num tempo esperado;
- Segurança do acesso – são controles adotados para evitar acessos não autorizados e, assim, evitar que as IPLs percam a sua integridade devido a alteração, quer seja no hardware ou no software, de forma inadequada;
- Gerenciamento de mudança – é um processo formal para permitir a alteração no hardware ou no software de qualquer IPL;
- Auditabilidade – as camadas de proteção devem ser testadas e mantidas adequadamente. As auditorias são necessárias para assegurar que o nível de redução de risco especificado foi atingido e está sendo mantido.
- Para ajudar na gestão desses sistemas críticos, fazer análise de Bow-tie para identificar os fatores de propagação que podem enfraquecer as IPLs;
- Traçar o plano de gestão das IPLs e cumpri-lo.
Não deixe que a sua empresa seja surpreendida por um grande acidente!
Caso precise de ajuda, procure a ECS Consultorias (www.ecsconsultorias.com.br).